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En este Programa. Meredith Monk | Programa: Inês Simões | Colección: Literaria | Formato en: Podcast 

Meredith Monk


24 octubre 2023 | Inês Simões


Meredith Monk: Energias Inefáveis nas Fissuras das Palavras
Meredith Monk: Energias Inefáveis nas Fissuras das Palavras
Meredith Monk: Energias Inefáveis nas Fissuras das Palavras

  Meredith Jane Monk é uma compositora, bailarina, actriz, encenadora, coreógrafa e cineasta Norte-Americana. Nasceu em 1942 em Nova Iorque, filha de Theodore Glenn Monk, um empresário e Audrey Lois Monk. A mãe era uma cantora profissional de música popular e clássica, conhecida com o nome artístico de Audrey Marsh. Esta era filha de músicos profissionais: o baixo-barítono Russo Joseph B. Zellman e Rose Zellman, uma pianista de concerto de origem Judaica Alemã de Filadélfia.

Reconhecida como uma das artistas mais peculiares e influentes de nosso tempo, é uma pioneira do que agora é designado por «técnicas vocais estendidas» e «performance interdisciplinar». As primeiras são técnicas de interpretação vocal não convencionais, tradicionais ou ortodoxas. Monk concebe obras que prosperam na intersecção de música e movimento, imagem e objeto, som e luz, descobrindo e tecendo novos modos de percepção. A sua singular exploração da voz como um instrumento, como uma linguagem eloquente em si mesma, expande os limites da composição musical, criando paisagens sonoras que perscrutam sentimentos, energias e memórias para as quais não existem palavras.

Em Dezembro de 1961, apareceu no Actor’s Playhouse em Greenwich Village em Nova Iorque como bailarina solitária numa adaptação para teatro musical infantil de «A Christmas Carol» de Charles Dickens intitulada «Scrooge» com letras e partitura de Norman Curtis, dirigida e coreografada por Patricia Taylor.Monk estudou piano e euritmia. Depois de se formar no Sarah Lawrence College em 1964, Monk mudou-se para a cidade de Nova Iorque e começou a criar trabalhos em galerias, igrejas e principalmente em espaços não habituais para performances. Em 1965, Monk começou a sua exploração inovadora da voz como um instrumento multifacetado, compondo peças para voz solo e voz e teclados. Por cinco décadas, explorou aquilo que ela chama «expressão primordial» ou som vocal não-verbal que fica por baixo e para além da linguagem, veiculando «algo para o qual não temos palavras». A revista The New Yorker descreve esta música como sendo simultaneamente «visceral e etérea, crua e arrebatada», uma arte que «canta, dança e medita sobre forças intemporais». Desde o início de sua carreira, interessou-se pelo canto, cinema, coreografia e representação. Todas estas dimensões artísticas estão incorporadas no seu trabalho, ao qual ela chamou de «teatro compósito».  

Meredith Monk
Meredith Monk

  Em 1968 fundou The House, uma companhia dedicada a uma abordagem interdisciplinar da performance. Foi a primeira artista a criar, em 1969, uma peça na rotunda do Museu Solomon R. Guggenheim chamada «Juice», da qual, posteriormente, reconstruiu partes para uma nova peça «Ascension Variations» em 2009.

As performances de Monk influenciaram muitos artistas, incluindo Bruce Nauman, que ela conheceu em San Francisco em 1968.

A natureza experimental da obra de Meredith Monk pode ser vista na sua abordagem do canto. A sua música vocal raramente contém texto reconhecível, pois ela sonda as possibilidades de um som ao mesmo tempo primordial e futurista. Entoa notas cantadas convencionalmente e uma ampla variedade de sons que se assemelham a gemidos, soluços, risos ou ruídos de animais.

Em 1978 fundou o Meredith Monk & Vocal Ensemble para expandir as suas texturas e formas musicais. Este foi modelado à semelhança de agrupamentos de compositores como Steve Reich e Philip Glass. Fez dezassete gravações discográficas, a maioria das quais, treze, desde 1981, para a editora ECM de Manfred Eicher. As primeiras, na década de 1970, foram «Key» de 1971, «Our Lady of Late» de 1973 e «Songs from the Hill/Tablet» de 1979.

Tom Service elogiou as «extraordinárias ululações e encantamentos, os saltos vertiginosos, as quedas, os gritos e outras acrobacias sem palavras» da voz de Monk, acrescentando que a sua grande conquista foi soarem «completamente naturais, centrais e essenciais». Nas décadas de 1980 e 1990 Meredith Monk editou sete álbuns: «Dolmen Music» em 1981, «Turtle Dreams» em 1983, «Do You Be» em 1987, «Book of Days» em 1990, «Facing North» em 1992, «Atlas: An Opera in Three Parts» em 1993 e «Volcano Songs» em 1997.  

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  Na década de 1980, Monk escreveu e dirigiu dois filmes, «Ellis Island» em 1981 e «Book of Days» em 1988. É uma das figuras em destaque no documentário em quatro partes «Four American Composers» realizado por Peter Greenaway em 1983. Sidsel Mundal realizou em 1994 um documentário sobre esta artista e Babeth M. VanLoo realizou em 2009 «Meredith Monk: Inner Voice». Realizado por Billy Shebar e David Roberts «Meredith Monk: Dancing Voice, Singing Body» é o último documentário sobre Monk, ainda em fase de preparação.

No início da década de 1990, compôs uma ópera chamada «Atlas» que estreou em Houston, no Texas, em 1991. A narrativa é vagamente baseada na vida e nos escritos da exploradora Alexandra David-Néel, encadeando-se principalmente por meio de sons vocais sem palavras, com breves interjeições de texto em Mandarim e Inglês.

Depois de, desde 1971 ter criado peças para voz, piano solo, dois pianos, clarinete solo, trompete solo ou outras combinações instrumentais, no século XXI, Monk começou a compor para orquestra, agrupamentos de câmara e instrumentos solo, com encomendas do Carnegie Hall, de Michael Tilson Thomas para a San Francisco Symphony e New World Symphony, do Kronos Quartet, da Saint Louis Symphony Orchestra e do Los Angeles Master Chorale, entre outros. Entre eles pode-se incluir o seu primeiro trabalho sinfónico «Possible Sky» de 2003, «Stringsongs» de 2004 para quarteto de cordas, encomendado pelo Kronos Quartet, «Night» de 2005, «Weave for Two Voices» de 2010 e «Realm Variations» de 2012. Continuou a elaborar peças de teatro musical como «On Behalf of Nature» em 2013 e «Cellular Songs» em 2018.Em 2005, eventos foram realizados por todo o mundo para comemorar o quadragésimo aniversário de sua carreira, incluindo um espectáculo no Carnegie Hall com Björk, Terry Riley, Ursula Oppens, Bruce Brubaker, John Zorn, os ensembles Alarm Will Sound, Bang on a Can All-Stars e o Pacific Mozart Ensemble. Nesta década foram editados os álbuns «Mercy» em 2002, «Impermanence» em 2008, «Beginnings» da etiqueta Tzadik em 2009, com obras de 1966 a 1980 e, na década seguinte, «Songs of Ascension» em 2011, «Piano Songs» em 2014, «On Behalf Of Nature» em 2016 e «Memory Game» pela editora Nova Iorquina Cantaloupe Music em 2020.

A sua música também pode ser ouvida nas bandas sonoras de filmes realizados por Terrence Malick, Jean-Luc Godard, David Byrne ou dos irmãos Coen.  

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  Recebeu numerosas homenagens e prémios e foi nomeada como uma das 50 Grandes Vozes da National Public Radio. Mais recentemente, recebeu três das maiores homenagens concedidas a um artista vivo nos Estados Unidos: a National Medal of Arts em 2015 do presidente Barack Obama, o Prémio Dorothy e Lillian Gish em 2017 e a indução à Academia Americana de Artes e Letras em 2019. É tema de dois livros de entrevistas, «Conversations with Meredith Monk», com Bonnie Marranca a crítica de artes e editora do Performing Arts Journal e «Une voix mystique», do escritor francês Jean-Louis Tallon.

Actualmente Monk desenvolve, a terceira parte de uma trilogia de obras de teatro musical intitulada «Indra’s Net», que explora a nossa relação interdependente com a natureza. Desta trilogia as duas primeiras obras foram «On Behalf of Nature» de 2013 e «Cellular Songs» de 2018. Alguns filmes e desenhos de Meredith foram exibidos em museus e galerias, incluindo a Exit Art, a Frederieke Taylor Gallery e o Walker Art Center. As curtas-metragens de Monk e vários de seus desenhos também estão incluídos na coleção do MoMA. O Walker Art Center descreve Monk como «uma pioneira da arte interdisciplinar, que explorou diversos modos de percepção e expressão por mais de cinco décadas, forjando um estilo único que parece antigo e contemporâneo. A exploração da voz como um instrumento com uma linguagem expansiva e universal que vai além das palavras, está na raiz do trabalho de Monk. Conhecida por seu alcance vocal de três oitavas e técnica vocal estendida, Monk costuma combinar as suas composições musicais com movimento e expressão teatral, revelando uma paisagem de sons repletos de capacidade cinética, textural e emotiva».

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